Freguesia de gente ordeira e conciliadora, sabe receber bem quem nos visita. Da gastronomia ao artesanato, são muitas as razões para nos brindar com um passeio por esta terra.
Para satisfazer a sede de cultura dos seus visitantes, esta Freguesia oferece um apreciável património histórico e cultural. Das Igrejas, Capelas, Moinhos antigos, barragens de uma beleza natural impar, não esquecendo as famosas termas de Vale da Mó, visitadas anualmente por centenas de pessoas.
Na igreja paroquial, cujo primitivo orago foi, até meados do século XIV, São Cucufate, o mártir barcelonês do tempo de Diocleciano, existe uma lápide do século XII, comemorando uma reconstrução desse tempo: invoca a Santíssima Trindade e data a edificação do templo, dedicado a São Cucufate, da era de 1233 (ano vulgar de 1195).
O arcabouço da igreja pertence à segunda metade do século XVII, tratando-se de uma construção rural, de corpo e capela-mor, três capelas cavadas nos flancos do corpo, de fim devocional ou fúnebre.
O retábulo principal e os dois colaterais são de madeira, em neoclássico, do século XIX. Fecha o camarim do primeiro, uma tela do século XIX representando São Tiago, o catual Padroeiro, a adorar a Eucaristia. Ao lado esquerdo, destaca-se uma escultura, ainda de São Tiago, vestido de peregrino, com pragueados grossos, em calcário, bastante regular, de oficina de Coimbra, datando de meados do século XV.
Do lado contrário, está a de São Martinho, bispo, com uma criança aos pés, em vez do adulto pobre, igualmente de calcário, da segunda metade do século XVI, obra coimbrã corrente.
Acima do arco-cruzeiro, fixa-se um pequeno baixo-relevo com o calvário (Cristo, a Virgem e São João), obra dos séculos XV-XVI.
Há esculturas avulsas de pedra, como a de Santo António, franciscano, sem menino, do século XV, e a de São Vicente, diácono, com o barco e os corvos.
A fachada, com a torre à esquerda, inspirou-se modestamente nos modelos setecentistas regionais. Um letreiro acima da porta, indica o ano da reforma de 1853.
Na extremidade do adro posterior da Igreja, levanta-se um Cruzeiro, datado de 1628.
A Capela do Vale do Mó também faz parte do património edificado da Moita.
A nobre família Borges levantou, em tempos, o seu paço no fundo do vale, na margem esquerda do ribeiro, a Casa Brasonada de Carvalhais. Edifício de grande volume, apresenta notável fachada, da primeira do século XVIII, ainda em linhas clássicas.
Datado de 1957, existe na Freguesia, um Busto do poeta cavador, Manuel Alves.
A Barragem da Gralheira e a Barragem do Saidinho que recebem os afluentes da ribeira da Vila e da Serra da trougueira, no lugar do Saidinho.
As termas do Vale do Mó, famosas pelas suas águas férreas, de inúmeras vantagens terapêuticas e efeitos anti-stress, anti-alergico, cardio-protector e remineralizante, exercem um forte poder de atração turística.
Moita está situada numa pequena altitude de 250 metros, começando perto de Anadia, ficando cercada por densos pinheirais, vales e recantos, na verdade, aprazíveis.
Bento Lopes, na sua Monografia do Concelhos de Anadia, caracteriza a povoação como “situada numa pequena altitude de 250 metros, cercada de densos pinheirais, longe da população, servida por boa estrada, com vales e recantos verdadeiramente aprazíveis, é o sitio ideal para refazer o desgaste causado por uma vida afadigada ansiosa e intensamente vivida”.