Na primeira reconquista, no ano de 943, o presbítero Pedro Bahalul vendeu a Igreja de São Cucufate, em Arcos, ao presbítero Daniel, sob condição deste a deixar ao Mosteiro de Lorvão. Confirma-se a sua permanência em Lorvão, por documentos da reconquista definitiva.
Em 1116, na restauração do mosteiro, por desanexação da Sé, encontra-se citada “ecclesiam beati Cucufati excepta parte episcopali”.
A região da Moita formou um concelho medieval, cuja sede era o lugar de Ferreiros. Recebeu, em Maio de 1210, carta de foral e couto, de D. Sancho I. No foral manuelino de 1514, porém, a designação das terras inicia-se pelo lugar de Cavalhais.
Ferreiros já era mencionados na primeira reconquista. As terras de Carvalhais na primeira reconquista. As terras de Cavalhais, Ferreiros, Ílhavo, Verdemilho (freguesia de Aradas) e Avelãs de Cima andaram unidas nas doações que os reis, delas, fizeram.
As primeiras doações, aos Borges, foram temporárias, e começaram mais cedo do que o que se encontra registado. D. Afonso V doou as terras a Rui Borges e, por morte deste, ao filho, Gonçalo Borges, que os genealogistas enumeram, quer como o primeiro, quer como o segundo Senhor da Casa dos Carvalhais, na linhagem dos Borges. Ao pai ou ao filho, corresponderá a arca tumular que se encontra na igreja.
O último Senhor a gozar destas terras da coroa, foi José Maria de Almeida e Castro de Noronha da Silveira Lobo, da décima terceira geração, primeiro e único a ostentar o título de conde Carvalhais.
Bento Lopes, na sua “Monografia do concelho de Anadia”, caracteriza a povoação, nessa época, como “situada numa pequena altitude de 250 metros, cercada de densos pinheirais, longe da poluição, servida por boa estrada, com vales e recantos verdadeiramente aprazíveis, é o sítio ideal para refazer o desgaste causado por uma vida afadigada, ansiosa e intensamente vivida”.
Até certa altura da Idade Média, a freguesia da Moita foi designada pelo seu antigo titular, S. Cucufate, o mártir barcelonês do tempo de Diocleciano.
Na primeira reconquista, no ano de 943, o presbítero Pedro Bahalul vendeu a igreja própria de S. Cucufate em Arcos ao presbítero Daniel, sob condição de a deixar ao Mosteiro de Lorvão.
Que ficou e continuou em Lorvão vê-se pelos documentos da reconquista definitiva. Em 1116, na restauração do mosteiro, pela desanexação da Sé, encontra-se citada ecclesiam beati Cucufati excepta parte episcopali. Num outro, do fim do mesmo séc. XII, referindo-se a certos agravos dos bispos ao mosteiro, inclui-se um feito a certo clérigo desta igreja.
Formou a região da Moita um concelho medieval, cuja cabeça sempre foi considerado o lugar dos Ferreiros, tendo recebido de D. Sancho I, em Maio de 1210, carta de foral e couto. No foral manuelino de 1514, porém, começou a designação das terras pelo lugar de Carvalhais.
Ferreiro é já mencionado na primeira reconquista.
As terras de Carvalhais, Ferreiros, Ílhavo, Verdemilho (freguesia de Aradas) e Avelãs de Cima andaram unidas nas doações que os reis delas fizeram.
As primeiras doações aos Borges foram só temporárias e começaram mais cedo do que comummente se encontra escrito. D. Afonso V deu as terras a Rui Borges e, por morte, ao filho Gonçalo Borges, que genealogistas enumeram como o primeiro e o segundo senhor da Casa de Carvalhais, na linhagem dos Borges. A um destes poderá corresponder a arca tumular da igreja.
O último senhor a gozar das terras da coroa foi o 13.º, José Maria de Almeida e Castro de Noronha da Silveira Lobo, o primeiro e único conde Carvalhais.
Os Borges levantaram o seu paço no fundo do vale, na margem esquerda do ribeiro, a Casa de Carvalhais. Edifício de grande volume, apresenta notável fachada da primeira metade do séc. XVIII, ainda em linhas clássicas.
Sendo orago da igreja o apóstolo S. Tiago, o primitivo foi, como referido, até meados do século XIV, S. Cucufate. Na igreja existe uma lápide do século XII comemorando uma reconstrução desse tempo: invocando a Santíssima Trindade, diz que o templo fora edificado em honra de S. Cucufate na era de 1233 (ano vulgar de 1195).
O arcabouço da igreja pertence à segunda metade do séc. XVII. Trata-se de uma construção rural e corrente, de corpo e capela-mor, três capelas cavadas nos flancos do corpo, de fim devocional ou fúnebre das famílias locais. O púlpito está datado, na porta rectangular, de 1697. O retábulo principal e os dois colaterias são de madeira, em neo-clássico, do séc. XIX. Fecha o camarim do primeiro uma tela representando S. Tiago a adorar a Eucaristia, do séc. XIX. Ao lado esquerdo destaca-se a escultura do padroeiro, S. Tiago, vestido de peregrino, com pregueados grossos, de calcário, bastante regular, de oficina de Coimbra de meados do séc. XV. Ao lado contrário está a de S. Martinho, bispo, com uma criança aos pés em vez do pobre adulto, igualmente de calcário, da segunda metade do séc. XVI, obra coimbrã e corrente. Acima do arco-cruzeiro fixa-se pequeno baixo-relevo com o Calvário (Cristo, Virgem e S. João), obra secundária dos sécs. XV-XVI. Há esculturas avulsas de pedra, como a de Santo António, franciscano, sem menino, do séc. XV, de oficina coimbrã; e a de S. Vicente, diácono, com o barco e os corvos.
A fachada, com a torre à esquerda, inspirou-se modestamente nos tipos setecentistas regionais. Um letreiro acima da porta indica o ano da reforma de 1853.
Na extremidade do adro posterior da igreja levanta-se um cruzeiro, datado de 1628.
ORIGENS
O topónimo Moita tem derivação directa do arbusto “moita”, abundante na região, o qual ainda hoje predomina no ecossistema envolvente dominado pelo pinheiro bravo.
Até certa altura da Idade Média, a freguesia da Moita foi designada pelo seu antigo titular, São Cucufate, o mártir barcelonês do tempo de Diocleciano.
Ferreiros é actualmente um lugar pertencente á freguesia da Moita, no concelho de Anadia. Mas foi vila e sede de concelho entre 1210 e o início do século XIX. Era constituído apenas pela freguesia de Moita e tinha, em 1801, 1 192 habitantes.
FORAL
Até a Idade Média a freguesia da Moita foi designada pelo seu antigo titular; S. Cucufate, foi mártir barcelonês do tempo do Imperador Diocleciano.
Na primeira reconquista, ano de 943, o presbítero Pedro Bahaul, vendeu a igreja de S. Cucufate e terras sitas em Arcos, ao presbítero Daniel, sob a condição de este, por sua morte, a deixar ao mosteiro de Lorvão. O que aconteceu, conforme os documentos da reconquista definitiva com data de 1064 (relação de bens da Vacariça) onde se lê: “ecclesie uocabulo sancti cucuati cum adiectonibus suis”.Também noutro documento em 1116, dedeidos os bens do mosteiro e do bispo de Coimbra, lá é citado “ ecclesiam beati Cucufati excepta parte episcopali”. Num outro documento, do fim do mesmo séc.XII, é citado o presbítero Daniel por ter feito parte de um agravo ao bispo.
A região da Moita formou um concelho Medieval, onde o lugar de Ferreiros era considerado, o principal e o rei D. Sancho I, tudo confirmou, por documento assinado e datado de Maio de 1210, ou seja deu Carta de foro e de couto a - " à vilIa que dizem fferreyros et ffontemanha o ualdauy” .
É-lhe concedido novo foral por D. Manuel a 10 de Março de 1514, este foral englobava os1ugares de Carvalhais, Ferreiros, Fontemanha e Vale de Avim, começou a designação das terras por lugar de Carvalhais.
O pelourinho, de Ferreiros, hoje desaparecido, ficava no local do actual fontanário, no meio de um pequeno largo.
Ferreiros, já era mencionado na primeira reconquista.
Por várias vezes os Reis fizeram doações destas terras a pessoas privadas.
As terras de Carvalhais, Ferreiros, Ílhavo, Verde-milho (freguesia de Aradas) e Avelãs de Cima, andaram unidas nas doações que os reis delas fizeram; as quais, acabaram por ficar de juro, e herdade dos Borges.
Também por doação, foi passada por D. Afonso IV à Infanta D. Maria que as entregou a Gil do Sem (mais ou menos em 1387). Gil de Sem foi um famoso jurisconsulto que serviu D. Fernando, tendo aderido ao Mestre de Aviz, quando da crise de 1383/85.
Como não houve descendentes legitimados, as terras voltaram para a coroa.
D. Afonso V, deu o velho concelho a Rui Borges, fidalgo da sua confiança e, por morte deste, herdou seu filho Gonçalo Borges, que, mais tarde, ficaram por ordem de linhagem, como primeiro e segundo senhor da Casa de Carvalhais. A um destes senhores, poderá corresponder a arca tumular da Igreja.
Não há um consenso sobre as origens desta família no nosso nobiliário. Uns dizem que os Borges saíram da família dos Sandes, outros dos Sens (tendo em conta este senhorio) e ainda outros dizem que o apelido foi tirado da cidade de Bourges, arcebispado e cabeça da província do Berry.
ARQUITETURA CIVÍL
CASA DOS CARVALHAIS
Pelo que se depreende e exposto está na “Corografia Portuguesas”, terá sido no último quartel do século XVII que o citado Cristóvão de Almada mandou erguer a Casa Senhorial que hoje se pode admirar, com o seu andar nobre com sacadas, tudo em boa cantaria de linhas clássicas.
Porém, sabe-se que foi D. Afonso V, no século XV, que fez doação destas terras ao seu fidalgo Rui Borges e que pelas mãos dos seus descendentes se mantiveram durante os séculos precedentes. Na segunda metade do século XVIII foi senhora de Carvalhais D. Joaquina Maria de Almada Castro e Noronha, que casou com o seu tio José Joaquim Lobo de Silveira. Destes nasceu D. José Maria de Almada Castro Noronha da Silveira Lobo a 5 de Fevereiro de 1779, 13º senhor em sua vida das terras de Carvalhais e das vilas de Ílhavo, Verdemilho, Ferreiros e Avelãs de Cima, com os padroados inerentes. Acumulou ainda as honras de último comendador de S. Miguel de Rio de Moinhos na Ordem de Cristo, 9º provedor da Casa da Índia e foi nomeado moço-fidalgo com exercício na Casa Real (por alvará de 18 de Março de 1787), tendo sido veador da Princesa viúva D. Maria Benedita, irmã de D. Maria I. Casou a 18 de Janeiro de 1797, com uma filha do 1º Marquês de Sabugosa, D. Margarida Domingas José de Mello (1779-1820), nascendo um filho, D. José Joaquim de Almada Castro Noronha da Silveira Lobo, que morreu solteiro e sem geração, instituindo como herdeiros seus sobrinhos D. António e D. Miguel da Cunha Silveira e Lorena, filhos de sua irmã, D. Joaquina Maria José de Almada, casada com o 8º Conde de S. Vicente.
Quanto a D. José Maria, abraçou os ideais tardiamente, razão porque foi Par do Reino, nomeado a 30 de Abril de 1826. Foi agraciado com o título de Conde de Carvalhais, falecendo a 20 de Maio de 1854. Seu filho não renovou o título e este, bem como seus bens, acabaram na Casa do Condes de S. Vicente, como ficou dito
ARMAS E DADOS GENEALÓGICOS
As armas dos Senhores desta Casa estão representadas numa magnífica lage de calcário branco em cartela decorativa da primeira metade do século XVIII. Esta está partida em pala, dividindo-se a primeira parte em dois. Fazendo a leitura:
1º Tavares – De ouro, com cinco estrelas de seis raios de vermelho;
2º Vascocellos- De negro, com três faixas veiradas de prata e vermelho;
3º- Borges- De vermelho, com um leão de ouro, armado e lampassado de azul.
CASA DO PAÇO
Na mesma povoação de Carvalhais na vertente oposta do ribeiro, sítio chamado o Paço, há outra casa, singela mas ampla, do séc. XVIII. Cortam a fachada principal cinco janelas de verga direita e avental retangular; a porta, a meio, tem verga curva. Encosta-se à direita a capela privativa, dedicada a Nossa Senhora da Graça; de porta de vão curvo e janela do coro, do tipo das anteriores. O retábulo de madeira, do princípio do séc. XVIII, compõe-se de colunas torcidas, sem parras.
CASA DO SÉC. XIX
Próximo à igreja paroquial da Moita, um grande edifício do séc. XIX, segue o tipo regional setecentista. Um outro, modesto, ostenta janelas seiscentistas, de avental retangular.
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